quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O encontro da noite

Imagem meramente ilustrativa.

Momento happy hour. Minhas amigas e eu em uma mesa de um bar, tomando cerveja, comendo alguns petiscos, rindo, conversando, paquerando, principalmente paquerando…

Durante altos papos, eu o vi. Lindo, cativante, alto, forte, cabelos louros e lisos próximos aos ombros, olhos azuis como da cor do oceano visto ao longe. Notei que ele sentou e pediu um suco e os aperitivos mais saudáveis. Sem que minhas amigas percebessem, eu fitei meu olhar em direção àquele homem que me fizera faltar o ar. Não de um jeito vulgar, mas humanamente impossível de descrever. Enquanto eu estava naquele local, ele também permanecia sóbrio, sereno, reluzente. A sensação era de que o dono daquele olhar pedia pela minha companhia. 

Passara o tempo, minhas amigas resolveram ir a outro lugar. Desconversei, e disse que iria mais tarde. Elas partiram, eu tomei coragem e fui em direção àquele homem. A cada passo, meu coração acelerava, minhas pernas tremiam e eu questionava o porquê nenhuma mulher se aproximara daquela beldade. Assim que fiquei diante dele, espantosamente dirigiu-se a mim: “Carolina, sente-se! Há muito tempo eu espero por este momento”.

Engoli seco, tive vontade de sumir, mas como um feitiço, eu sentei. Em seguida, gaguejando eu perguntei: “Como sabe meu nome? Que papo é esse de há muito tempo?

Em um sorriso singelo e um olhar pleno de doçura, contou que era o Cordeiro de Deus. Imediatamente eu gargalhei, afirmando que aquilo era blasfêmia e achei que estava drogado ou bêbado. Afinal, em pleno século XXI e com tantos pseudo-profetas, além dos malucos com quem já conversei, onde eu estaria me metendo?

Ele parecia ouvir meus pensamentos e saber dos meus passos, como um Herculano Quintanilha (da novela O Astro). Mesmo não acreditando em nada do que ele dizia, eu resolvi tentar descobrir quais eram as suas intenções. Esse tal “Jesus” recordou dos meus medos de infância, do castigo que meu pai me deu quando era uma adolescente, enfim, todas as lágrimas e vitórias que eu tive ao decorrer da minha vida.

Dialogamos por horas e não via mais nada ao meu redor era como se aquelas pessoas tivessem desaparecido. Eu tirei todas as dúvidas que eu tinha como pecadora e questionei os motivos de ter permitido a sua própria ‘morte’. Ele sempre tinha uma resposta convincente baseada em trechos bíblicos. 

Após tantas palavras concisas e repletas de maturidade, eu senti que deveria acreditar. Foi neste instante, que meu coração estava em paz e eu passava a comandar meus movimentos. Mas infelizmente, Ele tinha que partir. Jesus afirmava que a missão dele estava cumprida naquela noite. 

Saímos daquele bar, e Ele me acompanhou até o carro e disse: “Carolina, você tem uma linda missão e a descobrirá dentro de alguns dias em um sonho. Assim que acordar, se lembrarás desta conversa tão intensa”. Não contive a emoção, em lágrimas, eu O abracei. Ao tocá-lo, senti as marcas da crucificação. Enquanto eu estava petrificada, Ele partiu. Quando, consegui me mover, entrei no automóvel e olhei-o pelo retrovisor. A Sua volta tinha uma luz intensa e as vestes eram claras e totalmente diferentes… Fui para casa, me troquei, ajoelhei-me em oração eu disse: “Senhor, que esta noite não tenha sido um sonho e que eu propague a Tua palavra por onde eu for. Amém!”

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