sábado, 26 de novembro de 2011

Que campeonato é esse?

Campeonato Brasileiro é o melhor do mundo? Hoje, não tenho mais esta convicção. Eu acredito que seja o mais disputado pelo número de clubes participantes.

A prova disso é a duração da competição, aliado ao baixo rendimento das equipes. Este ano, os times estão atuando de maneira quadrada, isto é, não traz nenhuma novidade no quesito evolução. Veja o atual líder Corinthians (eu sou torcedora e ainda sim, eu vejo desta maneira). Quando tem seu time completo luta para vencer até as últimas consequências, bem ao estilo Timão de ser, do contrário, se joga sem Ralf, Paulinho ou Liédson, o alvinegro torna-se irreconhecível, isso demonstra toda falta de elenco, sendo assim, acaba apelando para o Imperador, que está fora de forma e ainda em recuperação. Basta olhar a situação do Fabio Santos que voltou à campo antes do tempo, pós-contusão.

Analise o segundo colocado até o quinto. Estes times possuem mais elenco, mas não conseguem alcançar o líder devido aos tropeços incríveis durante a competição. Fora isso, equipes consagradas e de tradições dentro do Brasileirão lutam para não entrar na zona de rebaixamento, a exemplo do time mineiro, o Cruzeiro, que para mim seria o segundo favorito ao título, já que o primeiro eu acreditava ser o Santos de Neymar, que mesmo com o novo craque, o time só é bom do meio para a frente, pois a zaga não acompanha a juventude do ataque, salvo o goleiro Renan, que é o melhor da posição atuando no país.

Quanto à organização, não é necessário argumentar que deixa a desejar. Calendário ruim, horários de jogos que vão de acordo com a grade televisiva, sem contar com as falhas na arbitragem. Neste campeonato, a pressão sofrida pelos clássicos regionais, aliada a total falta de posicionamento diante de uma jogada demonstram o quanto erraram, e caros amigos, estes episódios não aconteceram somente a favor do Corinthians, vários outros times tiveram tal "auxílio".

Enfim, restam duas rodadas para o término do Brasileirão. O líder está na frente com dois pontos de vantagem do segundo colocado, o campeonato que era visto como celeiro de craques, mencionou até o momento o jogador Neymar (que estará no Brasil até a Copa de 2014). Não ouvimos nos noticiários as proezas de Luis Fabiano (São Paulo), a promessa de espetáculo do Damigol (Leandro Damião -  Inter). Em contrapartida, assistimos a lenta recuperação do Adriano (Corinthians), que foi destaque nos telejornais esportivos e após seu primeiro gol ainda gera inúmeras manchetes; a polêmica entre Kleber - Palmeiras - Felipão, vimos Ronaldinho Gaúcho produzir pouco do que foi esperado para os amantes do futebol arte, depois de todo show de Marketing para o seu retorno. 

Muitas promessas e poucos resultados expressivos. Apesar das circunstâncias não citadas em profundidade, insisto em dizer que o Brasileirão de pontos corridos deste ano é um campeonato medíocre. E ainda dizem que é o melhor do mundo. Façam-me rir com isso. 

Apenas Corinthians

Todos na torcida pelo Corinthians nesta reta final do Brasileirão. Restam duas rodadas para o término do campeonato, e nas mesas de bar, bem como, em momentos de descontração com a família, basta surgir o assunto futebol, que o foco vira o líder da competição.

Você deve estar se questionando: "Sou tricolor. Não perderei meu tempo falando dos gambás!", ou "Aqui é Verdão. Eu odeio o Corinthians!" (pura inveja! - rs). Mas, eu aposto que ao ligar a televisão e assim que depara com o Timão enfrentando alguma outra equipe, e se não tiver nada pra ver ou fazer, sem perceber, já está TORCENDO, contra, mas torce. Tem o amante do futebol, mas que não admira algum time em específico, que se rende ao menos uma vez, aos encantos alvinegros, seja por algum atleta, seja pelo técnico ou pela torcida que move 'um bando de loucos'. Já os apaixonados incondicionalmente, isto é, um pouco mais de 30 milhões de fiéis, vibram, cantam, torcem, gritam, empurram o time na alegria e na tristeza. 

Portanto, você verá algum comentário sobre um determinado jogo, sempre ouvirá que alguém torceu (contra ou a favor) do Timão. É lógico que verá algum torcedor do adversário reclamando sobre "tal ajuda" que "tal juiz" favoreceu "em tal partida"... Tudo isso significa que todos tem sangue corintiano circulando pelas veias, uns mais, outros menos.

Acredite! Você já torceu para o Corinthians um dia...

Papel Cebola?!

Primeiro dia de trabalho. Adrenalina, ansiedade, ambiente novo, rotina diferente. Noto as pessoas me observando e sinto um forte frio na barriga. Ligações, carimbos, relatórios, impressões, movimentações estratégicas. Este mundo me fascina, o espaço é altamente saudável.

Alguns dias após a estreia neste novo universo, sinto-me à vontade para conversar e questionar sobre as técnicas trabalhistas, pois eu preciso pegar o ritmo. Empolgo-me com as novas amizades, com o vasto material à minha disposição. Tudo parece incrível!

Contudo, algo intrigava-me. Logo que surgia oportunidade, os mais velhos faziam inúmeros comentários, que eu não entendia, e ainda pela falta de intimidade, eu não tinha coragem de questionar certas coisas.  Até que uma tarde, em plena correria, ouvi repetidas vezes, que se aproximava o dia em que os funcionários receberiam o papel cebola. 

- Raios! Que diabo é esse? Papel cebola? - indaguei em pensamentos.

Então, notei que por diversas vezes, este comentário rolava seguido de muitos risos. A curiosidade me consumia. Mas, decidi esperar por este tal momento de entrega aos funcionários. Enfim, o grande dia, que calhara com o quinto dia útil. Um alvoroço pelos corredores da empresa, entre risos e sarcasmos, eu ouvi: Papel cebola! Papel cebola!

Eu procurava e não via nada de anormal. Até que eu perguntei a um colega de sala: "Afinal, o que é esse bendito papel cebola que tanto se fala por aqui?". Em um sorriso irônico, pegou o seu holerit e disse: "Minha cara, este é o papel cebola. Todo dia de pagamento, você recebe, abre, vê e chora!".

É por isso que amo o povo brasileiro, terra de pessoas criativas...

sábado, 5 de novembro de 2011

Um amor, um lugar...e... felizes para sempre

Tarde da noite, o tédio bateu. Não passava nada na televisão, muito menos, não tinha em mãos um bom livro que distraísse a minha mente. Liguei o computador, entrei na Internet. Redes sociais, canais de vídeo e música, enfim, ainda eu sentia que não estava bom o suficiente para me acalmar.

Até que eu resolvi fazer algo inusitado. Entrar em uma sala de bate-papo. Digitei um site qualquer, acessei uma tela que pedia nickname e código de segurança. E agora, o que colocar aqui? Já sei! Dama de Vermelho. Algo simples e ao mesmo tempo sedutor. Em seguida, apertei 'enter' e a aventura começava...

Olhei a listagem de pessoas online, como se fosse um cardápio, que continha os mais variados 'pratos': para os gostos homossexuais e heteros. Apelidos criativos, outros nem tanto. Enfim, aparece o primeiro. 

- Olá, tudo bem? Quer teclar? - questiona o rapaz de apelido Advogato.

Imediatamente respondi que sim. Pensei: "Este deve ser ao menos inteligente". Trinta minutos teclando, eu colhi algumas informações dele. Loiro, olhos castanhos esverdeados, cabelo louro escuro acinzentado, 1,77m de altura, 82 quilos, 25 anos, estudante universitário (ele cursa o último ano de direito), mora com dois amigos em um condomínio fechado, de nome Ricardo. Pouco falei sobre mim, mas gostei de vasculhar a vida alheia por ali.

Cansada de teclar e ver conversas absurdas no chat, eu pedi para que ele passasse o messenger dele, para continuarmos a prosa. Feito. Estávamos dialogando em outro meio de comunicação. Vi a foto do Ricardo, não acreditei e perguntei se era ele mesmo. Meu Deus! Que homem lindo! Estudante, futuro promissor, perfeito!

Conversamos por semanas. Não sabia a origem de tanto assunto. Até que um dia, ele me convidou para sair. Eu aceitei, afinal, eu acreditava ser viável conhecer essa pessoa que parecia ser tão bacana. Combinamos de jantar em um restaurante super badalado. Marcamos sábado, às 20h30min. Ricardo disse que estaria à minha espera todo ansioso.

Enfim chegou o grande dia. Eu estava inquieta. Fui ao salão de beleza, fiz as unhas, limpeza de pele e escovei o cabelo. Escolhi o meu melhor vestido, a maquiagem combinava com a roupa e acessórios. Deu a hora de sair. Meu coração acelerava, minha barriga parecia um iceberg. Nem assim, eu perdi a coragem. Desci do carro e fui rumo ao restaurante. O promoter me levou até a mesa. Quando eu vi que ele era fisicamente o oposto daquilo que eu imaginava, a minha vontade era correr dali e me esconder. "Credo! Que cara estranho!" - pensei, porém, mesmo assim, eu decidi ficar. O Ricardo parecia tão feliz. Ele não sabia o que fazer para me agradar. Escolheu o melhor vinho acompanhado de uma deliciosa pasta. Tinha um bom gosto.

Conversamos sobre tantas coisas. Ele me envolvia com as palavras, e principalmente, com o olhar. Feio, em contrapartida, era um homem sedutor. Após o jantar, resolvemos partir para outro lugar. Fomos a um parque incrível. Caminhamos sob a luz do luar, deparamos com vários casais. Até que ele parou e me beijou. Fiquei em êxtase, mas também, sem reação. Continuamos o trajeto, até sentarmos em um banco. Trocamos carícias, beijos e abraços. Estava quase perfeito. Ele ainda era feio pra mim. Depois de algum tempo, nos despedimos e cada um seguiu seu caminho para casa.

Dias depois, o telefone toca. Era o Ricardo. Demorei a atender, mas falei com ele. O Advogato queria me ver novamente. Acabei aceitando. E assim, foi por semanas, e o que me soava feio, tornara-se belo. Até que um final de tarde, ao chegar da casa de uma amiga, ele estava no meu portão à minha espera. Ansioso, me pegou pelo braço, levando-me até o carro e saimos rumo ao parque. Sentamos no mesmo banco do primeiro encontro. Com as mãos frias, ele sorriu timidamente e me pediu em namoro. Aceitei em seguida, deixando-o feliz.

Três anos se passaram. Hoje é o dia do meu casamento. Estou nervosa, assim como, eu estive em nosso primeiro encontro. Já estou pronta. Meu pai parecia ansioso e entusiasmado ao mesmo tempo, ele me conduziu até o carro em direção à igreja. Enfim, o grande momento na vida de uma mulher. A entrada triunfal. Minhas pernas tremiam, mas eu entrei. A marcha nupcial começou, e um filme de todos os melhores lances deste relacionamento passara em minha mente, como um flash. Ricardo estava emocionado, notava-se ao longe. No altar, nós dissemos sim e selamos com um beijo no clima envolvente, Ricardo disse: “Minha Dama de Vermelho, nós seremos felizes para sempre".

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Vovô saudosista

Na cadeira de descanso, tricotando um cachecol, mergulhei em pensamento: A idade chegou. Notei que eu não tenho mais o rosto sedutor de 35 anos atrás, minhas mãos trêmulas aliadas aos sinais do tempo demonstram o quanto eu já vivi e sobrevivi.

Meu velho companheiro falecera e ainda sinto falta daquele ranheta, mas que todos os dias durante os anos que estivemos casados, dizia o quanto me amava e que era muito feliz. Recordo-me do vestido de noiva, todo singelo e sem pompas. A recepção foi servida a bolo, bem-casado e guaraná. A Sidra era apenas para o brinde dos noivos, pais e padrinhos. Tivemos sete filhos, sendo três belas mulheres e quatro homens de personalidade marcante. Fui abençoada com 14 netos, o décimo quinto está a caminho.

Não tivemos luxo, mas também, não passamos necessidades. Levamos uma vida digna, repleta de altos e baixos. A cada dificuldade, a minha família se unia para encontrar a solução ideal. As reuniões para discutir melhorias eram especiais. Bolinhos de chuva, chá, café faziam parte do banquete. Meus filhos mais comiam do que argumentavam. Eu mais me divertia do que me preocupava, pois no final, com as bênçãos de Deus, tudo dava certo.

Aos domingos minha casa enche de alegria. Um almoço parece um evento social de grande percussão. Música, muita comida, conversas, risadas estridentes... Assistir televisão, eu só conseguia quando a casa ficava vazia. Naquele instante, eu tinha a companhia do meu neto, o Augusto, de 19 anos. Ele morava comigo para facilitar a sua vida: trabalho, casa e faculdade exigem muito, e, meu rapazinho sabe o quanto pode contar com a vovó Maria, vó Mari, como ele me chama desde que tentou emitir as primeiras palavras.

De vez em quando, outros netos aproveitam para passar o final de semana em casa. Logo, eu faço todas as guloseimas preferidas. Eu fico tão feliz, pela quantidade de paparicos que recebo... Mas, uma conversa que tivemos marcou minha falha memória...

Augusto e seu primo Lucas encontraram umas fotos minhas. Morena cor de jambo, olhos cor de amêndoas, corpo de quase uma Miss (eu perdia por ter poucas polegadas a mais), pele macia: fui assim na juventude. Então, questionaram-me se eu sinto falta do que eu fui, se tenho medo da morte e principalmente, se ainda sinto falta do meu grande amor, o vovô Genésio.

Respirei fundo... Timidamente sorri e contei como foi minha vida. Viver, aprender e conviver não é e não será nada fácil. Tive que ceder, emitir opiniões, lutar contra os medos, trabalhar para auxiliar nas despesas da casa, chorei às escondidas, fingi-me de forte, fiquei noites sem dormir. Soube o que é ser mãe e, a cada filho uma emoção diferente, indescritível. Vi meus netos nascerem, crescerem e estou ansiosa para ver mais um que está a caminho. Mal conto as horas para ver o rostinho deste bebê, que já se tornara importante em minha vida. Eu estava louca para mimá-lo e ver minha filha mais nova ficar enciumada com tamanho amor de avó.

Quanto ao meu príncipe que virou anjo da guarda da família Theodor, em lágrimas, contei do quanto ele me fez feliz. Lucas, meu neto, fitava seus olhos enquanto eu falava do avô. Afinal, os dois viviam grudados demais. Acho que meu garotinho ainda sente falta do vovô, tanto quanto eu. Contei aos meus netos como foi o pedido de casamento, a reação de cada filho nascendo, dos netos, de quando a gente esperava pelo sono dos filhos para que pudéssemos namorar um pouco. Neste instante, Augusto sorriu com ar de pornografia. Na mesma hora, eu disse: "Guto, a vovó também teve uma brasa embaixo das saias". Os dois meninos ficaram vermelhos, mas gostavam das minhas histórias...

Já o assunto envelhecer, eu expliquei para eles que a cada ruga era sinal de maturidade. Graças a estes sinais, eu pude aprender e ensinar, sem jamais me deixar abalar. Ficar velha, também significa estar perto da morte. Morrer é uma passagem. Não temo em partir. Sei que fiz o impossível para educar, e, minha prole terá condições de seguir seu curso. 

Totalmente serena, pedi a eles que não chorassem no meu funeral. Sei que a dor da despedida é devastadora, mas eu estaria perto do meu bem e, melhor, próxima de Deus. Vi Guto e Lucas com os olhos lacrimejantes, eu estendi os braços e naquele instante, eles correram para o meu colo. Como eu me senti amada... Meus dois netos pediram para eu viver até os 200 anos, ainda mais, por que quem faria todos os mimos e pratos deliciosos que a vovó sabe fazer? Após aquela conversa, nós fomos dormir exaustos e felizes por um momento só nosso, de plena cumplicidade.

Após relembrar momentos da minha vida, voltei à realidade. Recordei que amanhã é domingo. Dia de casa cheia. Deixei meu tricô, verifiquei que já deixei quase tudo no jeito, para que minhas netas, filhas e noras tenham um pouco de diversão na cozinha de casa. Preparei o som, comprei novos DVDs para o karaokê, abri a geladeira e conferi: a sobremesa está pronta. Fui para o quarto do Guto, coitadinho, ele estava tão cansado que não teve forças de ir pra… Como é que de diz? Parada? Ah! Puxa... É balada! Ele está dormindo feito um anjo. Agora é minha vez: Terei o sono dos justos. Assim, as horas passarão rapidamente e acordarei animada para ver a família reunida. Rezei um Pai Nosso, agradeci a Deus e adormeci. 

Amor covarde

Em um domingo qualquer, eu escrevi este texto. Relutei em postá-lo. Então, resolvi arriscar e colocá-lo aqui para ver a reação das pessoas... Lá vai:


Irreconhecível. Quem é você agora, no instante em que busco recordar dos nossos momentos? 

Eu caminho em lugares obscuros, busco respostas nos mais variados becos e não consigo alcançá-lo, muito menos entendê-lo. Nós éramos felizes, tudo transcorria bem, tínhamos planos concretos, que resultariam em um final feliz. E você se foi… E o pior, eu o deixei partir. 

Não consigo ficar em casa, o sono não vem. Então, eu saio mais uma vez, vou para a mesa de um bar e peço a dose da bebida mais forte. Enquanto aguardo o garçom com meu pedido, meu olhar ficava distante. 
Não percebi, mas o copo de uísque 12 anos já estava ali. Puro, sem uma pedra de gelo. Era um veneno para matar o que tentara acabar comigo: a dor de um final de relacionamento. O primeiro gole desceu forte, queimava tudo, afinal, eu jamais experimentei tal bebida, nem assim, eu me importava.

Vieram mais outras doses, e meu paladar já não sentia o sabor amargo daquela bebida, minha razão perdera o controle, e minhas palavras saíam moles devido ao efeito da embriaguez. Olho para o copo e vejo no fundo a sua imagem turva, dizendo aquelas palavras que para mim não havia coesão, pelo menos, eu não conseguia acreditar e sequer entender onde foi que eu errei.

O dono do bar queria fechar seu estabelecimento, eu estava totalmente perturbada. O álcool já me dominava. Eu perdi o controle dos meus movimentos, mas ainda dizia que tinha condições em guiar meu automóvel para casa. Deixei tudo que tinha no bar, peguei a chave e fui para o carro. Transtornada, não sabia o que fazer. 

Minutos depois, sem muito refletir, eu virei a chave e fui para a casa dele, queria explicações do que acontecera. Ao avistar a sua residência, eu o vi todo arrumado, parecia que ia festejar algo. Bêbada e com raiva, eu acelerei e joguei o carro em cima dele, matando-o.

As luzes da polícia e da ambulância iluminavam o local, eu não entendia ainda o que acabara de fazer. Fui presa em flagrante. Sonolenta, eu prestei depoimentos, e jogaram-me em uma cela sem o menor pudor. No dia seguinte, eu fui entender tudo que aconteceu. Eu matei o homem que eu amava. Meu Deus! O que deu em mim?

Agora consciente, pedi à minha família que não contratassem um advogado. Eu tinha que me punir por destruir a vida de tantas pessoas, inclusive a minha, quando eu passei por cima dele, em um ato de fúria. Sou uma prisioneira covarde, que não fui capaz de resolver as questões do coração com maturidade, e mais medrosa por não querer a ajuda e visita de ninguém, de modo a não ter que encarar a dura realidade que estava à minha espera. O que me restava era envelhecer nesta jaula, totalmente sozinha.

Anos passaram. E eu ainda não me perdoava pelo ato doentio que eu cometi após ser rejeitada.  No refeitório da prisão, eu ouvi um boato sobre uma rebelião. Momento perfeito, para mudar a minha vida e pagar pelo que fiz na mesma moeda.

Dias depois, acordei com cheiro de fumaça. Espantada, eu deparei com colchões sendo queimados, as mulheres gritando e correndo, implorando por melhores condições dentro da penitenciária. Cães farejadores, a milícia armada até os dentes, e vi uma policial em minha direção. Ela parecia querer atirar. Foi ali que vi a chance de fazer algo, que outro dia no refeitório eu planejei realizar. Segui o fluxo contrário das demais detentas, quando senti o primeiro tiro e vi o sangue escorrer e manchar minhas vestes… Eu fui morta com quatro tiros e em paz por pagar a morte do meu eterno amado com meu passamento tão frio e cruel.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O encontro da noite

Imagem meramente ilustrativa.

Momento happy hour. Minhas amigas e eu em uma mesa de um bar, tomando cerveja, comendo alguns petiscos, rindo, conversando, paquerando, principalmente paquerando…

Durante altos papos, eu o vi. Lindo, cativante, alto, forte, cabelos louros e lisos próximos aos ombros, olhos azuis como da cor do oceano visto ao longe. Notei que ele sentou e pediu um suco e os aperitivos mais saudáveis. Sem que minhas amigas percebessem, eu fitei meu olhar em direção àquele homem que me fizera faltar o ar. Não de um jeito vulgar, mas humanamente impossível de descrever. Enquanto eu estava naquele local, ele também permanecia sóbrio, sereno, reluzente. A sensação era de que o dono daquele olhar pedia pela minha companhia. 

Passara o tempo, minhas amigas resolveram ir a outro lugar. Desconversei, e disse que iria mais tarde. Elas partiram, eu tomei coragem e fui em direção àquele homem. A cada passo, meu coração acelerava, minhas pernas tremiam e eu questionava o porquê nenhuma mulher se aproximara daquela beldade. Assim que fiquei diante dele, espantosamente dirigiu-se a mim: “Carolina, sente-se! Há muito tempo eu espero por este momento”.

Engoli seco, tive vontade de sumir, mas como um feitiço, eu sentei. Em seguida, gaguejando eu perguntei: “Como sabe meu nome? Que papo é esse de há muito tempo?

Em um sorriso singelo e um olhar pleno de doçura, contou que era o Cordeiro de Deus. Imediatamente eu gargalhei, afirmando que aquilo era blasfêmia e achei que estava drogado ou bêbado. Afinal, em pleno século XXI e com tantos pseudo-profetas, além dos malucos com quem já conversei, onde eu estaria me metendo?

Ele parecia ouvir meus pensamentos e saber dos meus passos, como um Herculano Quintanilha (da novela O Astro). Mesmo não acreditando em nada do que ele dizia, eu resolvi tentar descobrir quais eram as suas intenções. Esse tal “Jesus” recordou dos meus medos de infância, do castigo que meu pai me deu quando era uma adolescente, enfim, todas as lágrimas e vitórias que eu tive ao decorrer da minha vida.

Dialogamos por horas e não via mais nada ao meu redor era como se aquelas pessoas tivessem desaparecido. Eu tirei todas as dúvidas que eu tinha como pecadora e questionei os motivos de ter permitido a sua própria ‘morte’. Ele sempre tinha uma resposta convincente baseada em trechos bíblicos. 

Após tantas palavras concisas e repletas de maturidade, eu senti que deveria acreditar. Foi neste instante, que meu coração estava em paz e eu passava a comandar meus movimentos. Mas infelizmente, Ele tinha que partir. Jesus afirmava que a missão dele estava cumprida naquela noite. 

Saímos daquele bar, e Ele me acompanhou até o carro e disse: “Carolina, você tem uma linda missão e a descobrirá dentro de alguns dias em um sonho. Assim que acordar, se lembrarás desta conversa tão intensa”. Não contive a emoção, em lágrimas, eu O abracei. Ao tocá-lo, senti as marcas da crucificação. Enquanto eu estava petrificada, Ele partiu. Quando, consegui me mover, entrei no automóvel e olhei-o pelo retrovisor. A Sua volta tinha uma luz intensa e as vestes eram claras e totalmente diferentes… Fui para casa, me troquei, ajoelhei-me em oração eu disse: “Senhor, que esta noite não tenha sido um sonho e que eu propague a Tua palavra por onde eu for. Amém!”

domingo, 23 de outubro de 2011

Lembranças de uma vida…

"Tempo tempo tempo tempo... Compositor de destinos"

Trim… Trim… Trim… Toca o despertador do meu celular. É hora de levantar! Sonolenta, mal consigo encontrar meus chinelos, dirijo-me ao banheiro para higiene pessoal.

Durante a escovação dos meus dentes, deparo-me diante o espelho. E sonhando acordada, misturada aos pensamentos, lembrei-me daquela menina lourinha de cabelos encaracolados, com ‘janelinhas’ na boca.
Naquela época, minhas preocupações eram com qual boneca brincar, como seria o dia na escola, as brincadeiras na casa dos meus avós maternos e como eu tinha que cuidar do meu pezinho de feijão no algodão. E a cada movimento com a escova de dentes, eu via meu corpo se transformando…

Logo, vi aqueles cabelos louros ficando mais escuros, em um tom castanho, meu sutiã (menina-moça), o primeiro beijo com uma plateia de amigos em um canto da escola, as espinhas, o corpo mudando de criança para adolescente. Os jogos de handball, as aventuras ao lado do meu irmão, quando ele treinava Kung Fu; as quermesses, os passeios, viagens, os bailes, enfim, como um flash, eu relembrei de cada etapa vivida.

Saio do banheiro, já atrasada, eu corri para o quarto com o intuito de me preparar para mais uma jornada, fitei meus olhos em direção ao guarda-roupa, e aquele sentimento saudosista tomara conta de mim mais uma vez.  O que era manequim “P”, hoje, mudou de numeração. Ai que saudade da “Melissinha”! 

Ao encontrar a roupa, sapatos e acessórios desejados, eu ainda sentia que algo estava estranho. Uma mescla de sensações incrível! Tinha vontade de voltar para a cama, pegar meu urso de pelúcia, gritar “mamãe!”, pedir cafuné até pegar no sono. Em contrapartida, eu tinha que encarar o que vinha pela frente e perder o medo de que toda novidade provoca…

Enfim, pronta para sair, eu pedi proteção divina… Respirei fundo, sai com o pé direito e disse: “Meu Deus! Obrigada por este novo trabalho”.

Observação: Resolvi postar aqui um vídeo do Youtube, com a canção "Oração ao Tempo" - intérprete: Caetano Veloso






Reflexão de Amor

Era tarde da noite, peguei a minha carteira com meus documentos, as chaves do carro e do portão, e resolvi sair sem destino.

Liguei o som a certa altura, comecei a cantar como se nada houvesse ao meu redor. E de repente, me calei e aquela música que eu ouvira parecia algo distante. Era como se eu não estivesse mais ali.

Quilômetros adiante, sem notar, eu parei e comecei a refletir em tudo que eu vivia: família, amigos, trabalho e amor, principalmente, sobre o amor. Sentimento nobre e intenso, que poetas tentaram descrever, mas ainda, não relatavam o que meu coração dizia.

Baixei o banco do carro, relaxei e olhei para as estrelas. De trilha sonora, ainda era o som do automóvel e os ruídos estranhos que às vezes, surgia fora daquele cenário que era só meu.

Comecei a lembrar de tantas coisas. Ficar só tinha se tornado raro. Mas, então, veio você à mente: pele clara e reluzente, olhos e cabelos castanhos, lábios provocantes, voz marcante e sotaque único. Recordei do nosso primeiro cordial encontro, das palavras estranhas e ao mesmo tempo, encantadoras que me embriagavam em puro êxtase. Nossos telefonemas, troca de e-mail, conselhos, abraços e demonstrações de afeto. Naquele instante, eu curiosamente sentia a sua presença indescritível.

Olhei para o celular, na intenção de falar com ele e contar o quanto eu o adoro, mesmo sabendo que ele tenha ciência disso. E em um estalar de dedos, este desejo se transformou em covardia, então, voltei aos meus pensamentos…

Fiquei por horas imaginando como seria se eu estivesse com ele, e o mais engraçado é que eu me pegava sorrindo timidamente. Em seguida, cheguei à conclusão de que eu deveria fazer algo e converter meus pensamentos em alguma realidade concreta.

Arrumei o banco do carro, mudei o CD e percorri as ruas da cidade, na expectativa de encontrá-lo. Por um pouco mais de uma hora, eu vasculhei cada possível lugar que ele estaria. Até que o mais lógico veio à cabeça: a casa dele.

E lá eu estava dirigindo rumo a casa daquele homem que eu amo. Sentia-me forte, confiante. Mas, infelizmente, mais uma vez, eu não consegui fazer absolutamente nada. Frustrada, retornei para a casa.

Como uma criança com medo do escuro, entrei no meu quarto. Aos prantos eu entendi que não estava pronta para lutar e até mesmo lidar com estes sentimentos confusos que palpitavam meu coração e, entre lágrimas e soluços, eu adormeci profundamente…

sábado, 15 de outubro de 2011

Receita de Amor

Ingredientes:
Um homem, uma mulher. Uma cama para mexer, tempero natural, cheiro de dois sabores,um tesão longo e dobrado,múrmurios fortes, delicados,vento leve,sol na cortina, em cores, (pode substituir com uma lua), mas se chover (mexer devagarinho).

Como fazer:
Unta-se o homem, a mulher com azeite próprio, colocam-se na cama um sobre o outro. (A ordem dos corpos ajuda a alterar o calor).

Junta-se tudo, mistura, embola, rola, vira, mexe de novo. Não para e mexe, que já aquece e pega fogo.

Cuidado, nessa hora, não se atende telefone, ou porta. A massa pode não crescer de novo. 

Agora é so esperar o ponto.  Vai estar pronto, logo que desabar.

Quando a noite chega...

Quando a noite chega, é sinal de mais um dia sem você, mais um dia sem o seu calor, mais um dia sem saber como é o sabor dos seus beijos...


Quando a noite chega, me dá um aperto no coração, pois não sei qual é a emoção de ter você aqui...


Quando a noite chega, sinto vontade de chorar, pois a dor é imensa ao saber que você está distante e não tenho como te amar...


Quando a noite chega, perco a razão, pois o meu coração não sabe explicar os sentimentos mais puros que sinto aqui dentro...


Quando a noite chega, não consigo ver o brilho da lua, porque sei que não tocarei seus lábios...


Enfim, quando a noite chega, entro em desespero, pois tenho tanto amor pra dar, e não tenho sequer a certeza se ainda você quer me amar...

Você já fez isso?

Que mulher nunca teve
Um sutiã meio furado,
Um primo meio tarado,
Ou um amigo meio viado?

Que mulher nunca tomou
Um fora de querer sumir,
Um porre de cair
Ou um lexotan para dormir?

Que mulher nunca sonhou
Com a sogra morta, estendida,
Em ser muito feliz na vida
Ou com uma lipo na barriga?

Que mulher nunca pensou
Em dar fim numa panela,
Jogar os filhos pela janela
Ou que a culpa era toda dela?

Que mulher nunca penou
Para ter a perna depilada,
Para aturar uma empregada
Ou para trabalhar menstruada?

Que mulher nunca comeu
Uma caixa de Bis, por ansiedade,
Uma alface, no almoço, por vaidade
Ou, um canalha por saudade?

Que mulher nunca apertou
O pé no sapato para caber,
a barriga para emagrecer
Ou um ursinho para não enlouquecer?

Que mulher nunca jurou
Que não estava ao telefone,
Que não pensa em silicone
Ou que “dele” não lembra nem o nome?

" HOJE "

Hoje estou calma, apesar de ter motivos para estar nervosa...

Hoje estou bem, apesar de ter mil motivos para estar mal... 

Hoje estou alegre, apesar de ter mil motivos para estar triste...

Hoje sinto-me acompanhada, mesmo que alguém esteja ausente... 

Hoje eu chorei, mas foram lágrimas de alegria e saudade...

Hoje eu ainda vivo, apesar de ontem ter morrido...

Hoje tenho saudades, mas agradeço, pois tive momentos belos...

Hoje amadureço, apesar de ter ainda dentro de mim uma criança... 

Hoje sonho, mesmo sabendo que a realidade é minha companheira...

Hoje sofro, mas acho normal...

Hoje o mundo me parece normal, em paz, apesar de tanta agitação...

Hoje amo, aprendi a amar ontem e tenho que esquecer amanhã... 

Hoje sou um ser humano, e agradeço a você, só a você que me guiaste... 

Hoje vejo apenas coisas belas, você me provou que mesmo de uma grande escuridão surge uma luz nítida...

Hoje eu tenho mais uma pessoa muito importante (mais uma parte de minha vida), amanhã também terei essa pessoa e espero que seja para todo o sempre, e agradeço a você, somente a você...

Observação: Recebi este texto que estava em uma pasta antiga, que mal sabia de sua existência. Resolvi postá-lo aqui.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Conversando com Deus

Cena do filme: Desafiando Gigantes

Era aproximadamente 22 horas, quando um jovem dirigia-se para casa. Sentado no seu carro, ele começou a pedir:

- 'Deus! Se ainda falas com as pessoas, fale comigo. Eu irei ouvi-lo. Farei tudo para obedecê-lo'.

Enquanto dirigia pela rua principal da cidade, ele teve um pensamento muito estranho:

- 'Pare e compre um galão de leite'.

Ele balançou a cabeça e falou alto:

- 'Deus? É o Senhor?'.

Ele não obteve resposta e prosseguia para casa. Porém, novamente, surgiu o pensamento:

- 'Compre um galão de leite'.

'Muito bem, Deus! No caso de ser o Senhor, eu comprarei o leite'. Isso não parece ser um teste de obediência muito difícil...

O jovem parou, comprou o leite e reiniciou o caminho de casa. Quando ele passava pela sétima rua, novamente ele sentiu um pedido:

- 'Vire naquela rua'.

- 'Isso é loucura...' - pensou e passou direto pelo retorno.

Novamente o jovem sentiu que deveria ter virado na sétima rua. No retorno seguinte, ele virou e dirigiu-se até o local pedido pelo Senhor. Em tom de brincadeira, o rapaz exclama:

- 'Muito bem, Deus. Eu farei'.

Ele passou por algumas quadras, quando de repente, o jovem sentiu que devia parar. Freou e olhou em volta. Era uma área mista de comércio e residência. Não era a melhor área, mas também não era a pior da vizinhança. Os estabelecimentos estavam fechados e a maioria das casas estava escura, como se as pessoas já tivessem ido dormir, exceto uma do outro lado que estava acesa. Novamente, ele sentiu algo:

- 'Vá e dê o leite para as pessoas que estão naquela casa do outro lado da rua'.

O jovem olhou a casa e começou a abrir a porta, mas voltou a sentar-se. 

-' Senhor, isso é loucura. Como posso ir para uma casa estranha no meio da noite?'.

Mais uma vez, ele sentiu que deveria ir e dar o leite. Finalmente, o rapaz abriu a porta... 

- ' Muito Bem, Deus, se é o Senhor, eu irei e entregarei o leite àquelas pessoas. Se o Senhor quer que eu pareça uma pessoa louca, muito bem. Eu quero ser obediente.  Acho que isso vai contar para alguma coisa, contudo, se eles não responderem imediatamente, eu vou embora daqui'.

Ele atravessou a rua e tocou a campainha e pôde ouvir um barulho vindo de dentro, parecido com o choro de uma criança. A voz de um homem soou alto:

- 'Quem está aí? O que você quer?' 

A porta abriu-se antes que o jovem pudesse fugir. Em pé, estava um homem vestido de jeans e camiseta. Ele tinha um olhar estranho e não parecia feliz em ver um desconhecido em pé na sua soleira.

- 'O que é?'.

O jovem entregou-lhe o galão de leite.

- 'Comprei isto para vocês'.

O homem pegou o leite e correu para dentro falando alto. Depois, uma mulher passou pelo corredor carregando o leite e foi para a cozinha. O homem a seguia segurando nos braços uma criança que chorava. Lágrimas corriam pela face do homem e, ele começou a falar, meio soluçando:

- 'Nós oramos. Tínhamos muitas contas para pagar este mês e o nosso dinheiro havia acabado. Não tínhamos mais leite para o nosso bebê. Apenas orei e pedi a Deus que me mostrasse uma maneira de conseguir leite'.

Sua esposa gritou lá da cozinha:

- 'Pedi a Deus para mandar um anjo com um pouco de leite... Você é um anjo?'

O jovem pegou a sua carteira e tirou todo dinheiro que havia nela e colocou-o na mão do homem. Ele voltou-se e foi para o carro, enquanto as lágrimas corriam pela sua face. Ele teve certeza que Deus ainda responde aos verdadeiros pedidos.

Observação: Recebi este texto e resolvi dividir com vocês, meus amigos da rede.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Crescimento econômico brasileiro gera oportunidades de mercado

O mundo deixa de ver o Brasil como coadjuvante e passa a vê-lo como protagonista do seu próprio desenvolvimento.

No decorrer dos anos é sabido afirmar que o Brasil conquista gradativamente seu espaço no âmbito econômico. Deixamos de ser o país do carnaval, dos índios, florestas e do futebol para sermos percebidos como um lugar de economia estável e pleno de oportunidades. Não é a toa que muitos estrangeiros estão à procura de mudanças e estabilidade financeira por aqui.

Com este crescimento econômico robusto, o mercado torna-se cada vez mais competitivo e a busca pela qualificação dos profissionais evolui. Neste sentido, as “carreiras de futuro” figurarão novos perfis. Em contrapartida, não é sempre que a Educação acompanha tal demanda, já que estudar é privilégio para poucos, infelizmente.

A Engenharia (principalmente de Petróleo e Gás, Telecomunicação, Tecnologia da Informação e Construção Civil), Recursos Humanos, Marketing (Varejo e Comercial) estão migrando para o topo das oportunidades de emprego, assim como, seus salários estão subindo. Estes setores deixaram de serem vistos como áreas sistemáticas da empresa e vem assumindo funções que antes não tinham: participar ativamente do planejamento estratégico, como no caso do RH. Portanto, enquanto tivermos este panorama, a tendência é que estes mercados atraiam muito mais profissionais.

Outro mercado que merece a nossa atenção é do Turismo, devido a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Só para a Copa serão 600 mil empregos diretos e indiretos que já começaram a ser divulgados pelas mídias. O mercado de trabalho tem sido o principal vetor de retomada da economia brasileira. “A Copa do Mundo e a Olimpíada expressam a confiança que o Brasil conquistou no mundo”, afirma Fernando Alves, presidente da consultoria PricewaterhouseCoopers, em entrevista à Veja. Já as Olímpiadas, segundo o Ministério do Esporte serão investidos 120 mil empregos até 2016, sendo 55 setores impactados pelo evento mundial. 

O pré-sal é um ponto que já começou a ser explorado e, promete transformar o setor de óleo e gás no país nos próximos dez anos. A previsão da Petrobras é de dobrar a produção diária até 2020, o que elevaria a participação do petróleo no PIB para 20%, além de criar aproximadamente 500 mil empregos. 

Tem também a questão do agronegócio brasileiro, que é um dos principais propulsores da economia, deve ficar ainda mais forte, permitindo que as empresas do agronegócio deem novos saltos de produtividade e, consequentemente, rentabilidade.

Estes pontos levantados mostram que o Brasil seja dentro de algumas décadas celeiro de muitas oportunidades, seja em qual área for e, que há esperanças para aqueles que buscam por inserção no mercado de trabalho. Mesmo que seja contraditória a questão do desemprego com este artigo, o que posso afirmar é que os empregadores lamentam a falta de mão-de-obra especializada. Então, esqueça a divisão entre aptidões técnicas e habilidades comportamentais. E aí está o desafio: serão esses profissionais os responsáveis por transformar em realidade o que, por enquanto, são excelentes perspectivas. Daqui pra frente, esses dois lados serão exigidos ao máximo de todo mundo, porém, a exigência do mercado irá além.

Observação: Este texto eu fiz para um amigo. Resolvi postá-lo aqui também.

Outra História – Parte 1(descobrimento)

Imagem retirada do intrometendo.com

 Pensando bem, tinha tudo pra não dar certo, entretanto, acabou que deu errado mesmo. Descoberto por acidente, mero acaso, tal qual a dita pedra no caminho, trocadilho pronto, nesse caso “Pedra de Caminhas”, quando ao longe avistado, pelo tal Cabral gaiato, essa terra afortunada, foi de pronto batizada, adquirida e tomada, pelo velho Portugal, era agora vil colônia, deu-se ali Monte Pascoal. Em terra firme a surpresa, micareta ou carnaval? Dando inicio à bandalheira, sem pudores ou maneira, todos nus já desfilavam, os nativos não previstos, docemente corrompidos, prontamente rotulados pelos nobres descuidados, índios pródigos da terra, mãe do nome a eles dado. Não cientes da grandeza, dos mistérios e riquezas, inseguros navegantes, anti-heróis ignorantes, cegos, fartos, arrogantes, definiram a geografia. Sorte pouca ou malicia, outro equivoco à vista, definiram sua conquista, com infame humildade. Isto feito, novamente, nossos tão cegos parentes, sob o Sol e sua luz, batizaram a tal terra, Ilha de Vera Cruz. Corajosos nossos donos, afiaram suas barbichas, e apostando suas fichas, terra a dentro tais turistas, se puseram a desbravar, tendo é claro em suas mentes o acordo ainda vigente, firmado anteriormente, espanhóis e suas fatias; O limite imaginário, tal de Tordesilhas. Passos muitos já passados, calos tantos maltratados, nossos gênios concluíram, como é grande esta merda, puta Sol e tempo quente, esta porra não é ilha, mas sim um continente. Vamos nós ao batismo novamente. Os cagádos dos Portugas, criativos como nunca, escolheram nome em luz, não é ilha, não é Vera, agora é Terra de Santa Cruz. Passado o tempo, malas sempre mato a dentro, olha só a ironia, condenado a bandalheira, confirmação deu seu sinal, quem nos vai levar a sério, o Brasil saiu do Pau... (Pau Brasil ignorantes amados)
Mario B.Jr.

Obs.: Este artigo foi cedido por um grande amigo. Resolvi dividir com vocês.

Programação da TV e a falta de conteúdo cultural

A TV brasileira perdeu sensatez e ensina de tudo, menos educação com qualidade. 

Quantas vezes você se deparou apertando os botões do controle da TV e não encontra nada interessante? Quantas vezes você discutiu sobre a programação da telinha? Com base nestas interrogativas, redijo este artigo, lastimando o declínio cultural nos canais da TV aberta. 

Então, imagine o seguinte perfil: chefe de família que trabalha 44 horas semanais e nas poucas horas de lazer, assiste televisão. Ao ligá-la, você nota uma programação de péssima qualidade, que não irá lhe acrescentar nada. E quando você percebe, sua atenção está voltada para as novelas, jornais sensacionalistas, reality shows, propagandas ou quadros religiosos, que ali vendem até a salvação. Para piorar, ainda há momentos em os políticos que se utilizam de horários da telinha, como uma tribuna livre. 

É claro que coisas assim são passíveis de acontecer. Afinal, a televisão é feita por pessoas. Mas, não é sempre que seu conteúdo seja real. Talvez, por existir muitos interesses individuais ou de grupos que estão vinculados por trás da televisão.  

Hoje, o brasileiro vem sendo doutrinado pela TV, sem o menor senso crítico, aceitando os interesses que ela defende. Desta forma, não se vê programas culturais, que transmitem algum tipo de conhecimento. Pelo contrário, vemos desenhos animados violentos, com monstros cibernéticos, robôs com arsenais de armas, sem falar da programação não-infantil a que as crianças acabam submetidas.  Até mesmo desenhos inocentes como o Pica Pau ou Tom e Jerry contêm certo grau de apologia à violência. Outro ponto que a TV propaga como cultura nos últimos anos é a do “culto ao corpo”. Este fator se tornou uma preocupação geral que atinge as mais diferentes classes sociais e faixas etárias. Na televisão, modelos perfeitos surgem durante toda programação e nos intervalos comerciais, “vendendo” fórmulas de sucesso. 

Sendo assim, posso dizer que a programação da TV Aberta é ruim. O que deveria informar, criar opiniões, educar e promover entretenimento com seriedade e credibilidade, deixa a desejar. Tudo pela briga patética por altos índices de audiência. O ex-presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas, João Luiz Silva Ferreira, mais conhecido como Juca Ferreira, durante entrevista para a Revista Caros Amigos, comenta que a qualidade da TV brasileira é baixa, confirmando o que foi mencionado de uma maneira sucinta. “A gente incorporou a TV como parte da política cultural. Não só a TV pública como a TV privada também. A convergência digital, dos diversos suportes e mídias tem permitido que a gente pense para além da produção do cinema, que a gente pense a produção do audiovisual. Esses conteúdos migram de uma tela para outra, então é do nosso interesse, é talvez o meio mais popular, um dos mais importantes. Mas a qualidade da televisão brasileira é muito baixa. A nossa tradição é mais da TV de entretenimento, e não satisfaz as necessidades da população. Então é preciso contribuir para a elevação do padrão, seja através da TV pública, seja através de estimular que as TVs privadas avancem sua programação, sua grade para coisas mais qualificadas”. 

Seria ideal se o povo brasileiro tivesse educação suficiente para cobrar por uma programação de melhor qualidade. Esses programas acanham a inteligência das pessoas, além de desrespeitar qualquer manifestação de uma possível cultura e educação libertadora que esteja fora dos padrões pregados pela elite. 

Observação: Este artigo eu escrevi para um amigo. Resolvi postá-lo.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O jogo do Brasil…

Eu sempre posto algo sobre futebol nas redes sociais, hoje resolvi deixar algo aqui. Quero falar da Seleção Brasileira, mais precisamente sobre o jogo entre Brasil e Argentina realizado ontem, no Mangueirão, em Belém do Pará.

A vitória por 2 a 0 diante da desconhecida Argentina (desconhecida por não ser o time que vemos atualmente, isto é, um time enfraquecido), foi um resultado interessante até. No 1º tempo, a Seleção estava ansiosa, com poucos lances de perigo, mesmo com a torcida dando show.  Aliás, o público fez a festa ao cantar o Hino Nacional até o final mesmo com a interrupção da música na metade. 

Ainda no primeiro tempo, já se pressentia que os jovens talentos da Seleção Canarinho marcariam presença de maneira fenomenal, como por exemplo, Neymar e Lucas, por meio dos dribles e jogadas individuais que o sistema ofensivo brasileiro é capaz de fazer com maestria. Sem contar com os novos nomes, Cortês (lateral) e o goleiro Jeferson que, notoriamente não sentiram o peso da camisa.

Já no 2º tempo, eu vi uma equipe diferente: solta e bem articulada, mostrando a superioridade econômica do Brasil ao conseguir manter craques e futuros craques do planeta bola em seu país. Resultado: Brasil campeão do superclássico. Opa… Campeão? Campeão de quê?

É fato que esta vitória e todo o espetáculo envolvido diante à Seleção é algo histórico, vencer os ‘hermanos’, nem se fala. Mas, infelizmente, o time de Mano Menezes ainda não me convenceu, aliás, não vejo futuro deste técnico com a amarelinha. Como já mencionei, a Argentina não esteve em campo com seus melhores jogadores, e os poucos nomes conhecidos, não estão aptos para vestir uma camisa de seleção (exceto um ou outro atleta), mas o que foi combinado não sai caro não é mesmo? 

A Seleção está em um período de renovação, mas me amedronta o fato de não enxergar uma base ao menos para as próximas competições. Então, enquanto isso, veremos mudanças e mais mudanças… Quiçá até 2014.

Ficha técnica
BRASIL 2 x 0 ARGENTINA
Gols
BRASIL:
Lucas, aos 8min, e Neymar, aos 29min do 2º tempo

BRASIL: Jefferson; Danilo, Dedé, Réver e Cortês (Kléber); Ralf, Rômulo, Lucas (Diego Souza) e Ronaldinho; Neymar e Borges (Fred)
Treinador: Mano Menezes

ARGENTINA: Agustin Orión; Christian Cellay, Leandro Desábato, Sebástian Domínguez e Iván Pillud (Mouche); Augusto Fernandéz, Héctor Canteros (Bolatti), Pablo Guiñazu e Emiliano Papa; Montillo e Viatri
Treinador: Alejandro Sabella

Cartões amarelos
BRASIL: Danilo
ARGENTINA: Desábato

Árbitro 
Jorge Larrionda (URU)

Local 
Estádio do Mangueirão, em Belém (PA)